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TERCEIRA RODADA NEGOCIAÇÃO TRACTEBEL

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NENHUMA PROPOSTA
Ainda não foi desta vez! Foi com essa sensação que os dirigentes dos Sindicatos que compõem a Intersul saíram da terceira rodada de negociação com a Tractebel, ocorrida no dia 24/11.
A Empresa não apresentou na reunião contraproposta à pauta de reivindicações da Intersul, limitando-se na maior parte do tempo a refazer considerações feitas na reunião anterior. Em relação às reivindicações sobre o tema saúde a empresa voltou a não assumir compromissos formais, mas admitiu que adotará providencias administrativas nas áreas com maior dificuldade de atendimento. A única boa notícia da reunião foi a garantia de que a Empresa adotará transporte (através de Van) para os trabalhadores da Usina de Salto Santiago que moram em Saudades do Iguaçu.
Sobre as reivindicações relativas ao Plano CD, a Empresa reconheceu a necessidade de realizar mudanças, principalmente em relação aos empregados que após a migração ficaram com uma reserva muito baixa. No entanto, alertou que isso somente será possível no futuro, com base em um estudo atuarial. Sobre as demais reivindicações nenhuma perspectiva.
As reivindicações sobre o PCR, mesmo com o reconhecimento de alguns problemas, a maioria revelado na pesquisa realizada pela Intersul (ver no site da Intersul: http://www.intersul.org.br/lista.php?type=PESQTRACTEBEL), a Empresa disse que promoverá mudanças apenas no ano que vem na discussão que retornará no Ministério Público.
As reivindicações econômicas não tiveram posicionamento da Empresa. A Intersul fez uma defesa do aumento real de 2% sustentada na prática de empresas do mesmo porte no setor como CESP, CPFL e AES Tietê que acordaram com seus trabalhadores aumentos reais. Além dessas empresas outras negociações ocorridas como no setor bancário, metalúrgico e petroleiro também garantiram aumentos reais de salários significativos. Os dirigentes sindicais reafirmaram que o aumento real reivindicado é modesto e perfeitamente suportável financeiramente pela Empresa.
Outra preocupação importante destacada pelos dirigentes da Intersul foi quanto a PLR. A perspectiva de a Empresa manter as regras atuais pode significar um ?congelamento? ou mesmo redução do valor recebido pelo empregado. A Intersul apresentou uma simulação que mostra que sem alterações importantes corre-se o risco de haver redução do valor recebido mesmo com crescimento de quase 20% do lucro no exercício.
Por fim, além da falta de proposição para o aumento real, as maiores decepções ficaram na negativa em aumentar o adicional de penosidade e não estender o auxílio creche aos empregados. A empresa tomou conhecimento pela pesquisa divulgada pela Intersul de que a extensão do auxílio creche é defendida por 90% dos empregados. Mesmo reconhecendo que essa medida beneficiaria 206 empregados com 242 dependentes com idade até 06 anos, a Empresa não mudou a sua posição que cada vez tem menos sustentação na realidade das demais empresas do mesmo porte e na vontade dos seus empregados. A título de informação, hoje a empresa paga creche para 16 dependentes filhos(as) de 13 empregadas.
De uma forma geral, a empresa demonstrou um comportamento de quem prefere não se comprometer individualmente com esta ou aquela reivindicação, criando uma expectativa de que apresentará uma contraproposta geral para toda a pauta até a próxima reunião, marcada para o dia 07/12.
As dificuldades relatadas pela Empresa em atender algumas reivindicações são inadequadas quando se avalia os resultados nos últimos 9 meses. Não é admissível para os dirigentes da Intersul que o excelente desempenho da Empresa, traduzida em pagamentos crescentes de dividendos aos acionistas, não permita o atendimento de reivindicações como aumento real e o auxílio creche, por exemplo.
Na próxima semana os dirigentes da Intersul farão visitas aos locais de trabalho com o objetivo de conversar com os trabalhadores sobre os rumos da negociação. Pelo jeito um acordo com a Empresa se estenderá para 2012.

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