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Publicada em: 23/10/2013 10:10 - por: FNU - INTERSUL - Visualizações: 533

FNU CONDENA PROPOSTA DAS DIREÇÕES DAS EMPRESAS


FNU CONDENA PROPOSTA DAS DIREÇÕES DAS EMPRESAS DO SISTEMA ELETROBRAS EM REDUZIR CUSTOS ATRAVÉS DA DEMISSÃO DE TRABALHADORES

A Federação Nacional dos Urbanitários-FNU- na condição de representante maior dos trabalhadores e das trabalhadoras do setor elétrico nacional vem a público condenar a forma como vem sendo conduzida pelas direções das empresas do Sistema Eletrobras a discussão sobre os rumos do setor após o anúncio da Medida Provisória 579, que trata da renovação das concessões e da redução dos encargos nas tarifas de energia.

A FNU classifica como um ato de covardia das direções das empresas do Sistema Eletrobras jogar nas costas dos trabalhadores e das trabalhadoras a responsabilidade na redução dos custos, anunciando que irão demitir como se fosse esta a única medida a ser tomada após o efeito previsto com a MP 579. É importante lembrar que ainda não está definida a nova receita impactada pelo pacote das concessões. Além disso, as despesas de pessoal em relação à receita nunca estiveram tão baixas no setor elétrico.

Esse mesmo governo que lava as mãos para a possibilidade das demissões no setor, agora classificada como redução de custos, poderia apresentar soluções, como, por exemplo, um maior aporte de recursos nas empresas do Sistema Eletrobras, visando fortalecer a Holding e não enfraquecê-las, mas para isso teria que interromper a transferência de recursos às empresas privadas.

A FNU condena a postura arbitrária da direção de Furnas e da própria Holding em anunciar um plano de reestruturação da empresa, com o anúncio da redução de 35% dos (as) trabalhadores (as) através do chamado Plano de Readequação do Quadro de Pessoal (Preq), que englobaria trabalhadores (as) em idade de se aposentar ou já aposentados. É importante lembrar que são profissionais com grande conhecimento e que formam uma reserva técnica de grande utilidade para Furnas, bem como, em outras empresas da Holding. Além do mais seriam desligados em um momento onde se discute o plano de saúde extensivo aos aposentados, uma reivindicação histórica da categoria. A Federação não concorda com esse ato unilateral, queremos transparência e uma ampla discussão com a Eletrobras, inclusive com a presença dos sindicatos que representam estes trabalhadores.

O certo é que os (as) trabalhadores (as) do setor elétrico não podem pagar uma conta que não é sua. Defendemos desde o inicio a renovação das concessões por entender que a energia deve ser um bem capaz de mudar a vida dos brasileiros com a distribuição justa de renda, assim como uma questão estratégica para soberania do país. Todavia, a renovação que defendemos previa investimentos do Governo Federal no Sistema Eletrobras, capaz de garantir a manutenção do papel das empresas estatais como investidoras do setor de energia.

Para pensar

Um estudo divulgado pela Próxima, consultoria especializada, mostra que as companhias listadas no índice de ações FTSE 350, que acompanha as maiores empresas em valor de mercado na Bolsa de Londres, mostra que uma redução de até 1% nos custos não trabalhistas poderia ampliar o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) em 3,6%, ou ? 10,5 bilhões, no total.Já a mesma redução em gastos trabalhistas, com o corte de empregos - que geralmente é a primeira opção de companhias em mau momento ? produziria um incremento de apenas 0,8% no mesmo indicador. Foram analisados balanços de 315 grupos entre 2008 e 2011.


Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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