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Publicada em: 23/10/2013 10:10 - por: INTERSUL - Visualizações: 551

MANIFESTO DE REPÚDIO À DIRETORIA DA ELETROSUL


Manifesto Publicado no Jornal Diário Catarinense, edição de 06 de agosto de 2012.

MANIFESTO DE REPÚDIO À DIRETORIA DA ELETROSUL

A diretoria da Eletrosul extrapolou a sua competência ao agir com o claro objetivo de sustar o bem sucedido e organizado movimento grevista dos trabalhadores/as, ocorrido de 16 a 26/07/2012. Ao invés de buscar saídas para o impasse junto aos órgãos competentes, a diretoria preferiu atacar os trabalhadores/as e suas entidades representativas. Além de não alcançar seus objetivos, criou um clima que desfavorece a boa e necessária relação entre as partes envolvidas, seja num momento de conflito como o que se viveu, ou em qualquer outra circunstância em que os trabalhadores/as estejam no exercício de suas atividades laborais e os sindicatos no cumprimento das suas obrigações, exercendo o seu direito legal. Por isso, os trabalhadores/as da Eletrosul promoveram um ato de protesto à diretoria da estatal no dia 27/07, em repúdio a sua postura durante o processo de greve por tempo indeterminado.

A diretoria enviou telegrama convocando os empregados/as ao trabalho no período de greve, gesto entendido como intimidação de caráter pessoal e de violação ao direito coletivo de greve garantido pela legislação brasileira e tratado internacional. Também indignou os trabalhadores/as a pretensão da diretoria em dar à greve um tratamento "policialesco" e de interferência no movimento através da utilização de recursos judiciais descabidos. Além de por dezenas de guardas nas entradas da Eletrosul, os diretores ajuizaram ação de interdito proibitório visando à reintegração de posse da empresa, agindo como se os trabalhadores/as e as entidades sindicais tivessem se apropriado da empresa ou colocado algum risco ao patrimônio, propondo, inclusive, intervenção de força policial. Também tentaram atribuir abusividade à greve, além de acionar a Justiça visando obter 35% do contingente de empregados/as, sendo que 100% estavam garantidos para qualquer atendimento preventivo ao risco à saúde e à segurança da comunidade, conforme estabelece a lei.

Essas atitudes da diretoria da Eletrosul constituíram-se num claro desrespeito à categoria, que exerceu de forma pacífica e responsável o seu direito de greve, a qual foi motivada pelo encerramento do processo de negociação pelos dirigentes das empresas do grupo Eletrobras; pela discordância à contraproposta da holding às reivindicações dos trabalhadores/as eletricitários; e pela frustração ao bom andamento do processo, visando garantir um Acordo Coletivo de Trabalho justo para todos.

Os trabalhadores/as exigem, sobretudo, respeito a sua decisão de fazer a greve e a liberdade de conduzi-la, sob a liderança das entidades sindicais, visando o alcance do seu objetivo principal: um ACT condizente com o valor do seu trabalho, cujo produto - a energia elétrica - além de essencial ao desenvolvimento humano o é, também, para a soberania da nação.

O ato de repúdio do dia 27/07 foi um sinal de que os trabalhadores/as não vão tolerar atitudes descabidas da diretoria, que conturbam o ambiente de trabalho, prejudicam as relações internas e interferem negativamente no resultado da organização. Foi também uma forma de mostrar que defendem o fortalecimento da Eletrosul e o cumprimento de seu importante papel público, ainda mais diante de uma crise internacional e de incertezas sobre as consequências da renovação das concessões do setor elétrico brasileiro. Serviu, ainda, para chamar a atenção da diretoria e tentar sensibilizá-la a uma mudança imediata de postura, sob pena de não ter mais condições de estar à frente da gestão de uma estatal tão importante.

As ações da diretoria não devem continuar na linha de confronto com as entidades sindicais, através da imposição de uma nova política de operação que tem trazido intranquilidade e insegurança aos trabalhadores/as e riscos ao patrimônio da Eletrosul e a sociedade; através de descumprimento de Acordo Coletivo, desrespeito ao direito de greve, falta de informação clara sobre a situação dos investimentos e seus riscos de retorno à empresa; por falta de transparência aos processos internos; no acesso a informações sobre horas-extras; sobre os constantes aditivos de contratos com terceiros nem sempre devidamente esclarecidos; e o constante atraso de obras, que tem trazido enormes prejuízos a Eletrosul.

Assim se manifestando, os trabalhadores/as entendem que contribuem para o bom andamento da empresa e mandam um recado à diretoria: uma estatal de energia elétrica deve ser gerida sob a ótica do interesse público, frente ao seu papel principal que é contribuir para o desenvolvimento humano e do país, em favorecimento do seu povo.

Os trabalhadores/as repudiam e discordam da postura da diretoria com relação à categoria e à gestão temerária com que vem conduzindo a empresa, colocando em risco o patrimônio público. Desta forma, exigem, para o bem da sociedade, que ela mude sua postura.

SE ASSIM NÃO O FIZER, OS TRABALHADORES/AS ENVIDARÃO ESFORÇOS NO SENTIDO DE BUSCAR SUA RETIRADA.

INTERSINDICAL DOS ELETRICITÁRIOS DO SUL DO BRASIL E DO MATO GROSSO DO SUL ? INTERSUL
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