Notícias - intersul

Ir para o conteúdo

Menu principal:

Publicada em: 06/02/2017 06:02 - por: INTERSUL - Visualizações: 596

DATA BASE 2016 EMPREGADOS/AS DA ENGIE - TIRAR SUCO DO BAGAÇO


POLÍTICA DA ENGIE:

TIRAR SUCO DO BAGAÇO

No último boletim da INTERSUL já nos reportamos aos resultados efetivos da reunião de negociação que aconteceu no dia 26/01. Mas além do relatado, achamos importante também analisar o contexto em que a proposta foi apresentada.

Nas justificativas dos representantes da empresa ficou bem claro o objetivo da ENGIE de compensar os resultados ruins de suas subsidiárias na Europa, com rentabilidade cada vez maior dos ativos que possuem em outros países, inclusive “se livrando” daqueles menos rentáveis.

Caracterizada nas palavras do gerente de RH quando diz que: “não se trata de custo mas de eficiência”, a política estabelecida pela ENGIE é de ganhar ainda mais e gastar menos. Uma política que chamamos de “tirar suco do bagaço”.

O contexto do discurso da empresa é o do manual do capitalismo e o conceito de mais valia fica explícito. Como já reportamos em textos já publicados, ao longo do tempo o desiquilíbrio da equação capital x trabalho se evidencia, na medida que se produz mais com menos empregados, sem redistribuir de forma equânime à riqueza produzida.

Como exemplo de mais valia absoluta recorremos à evolução da receita líquida. Em 2002 cada empregado gerava R$ 1,58 milhões de receita líquida. Este número em 2015 saltou para R$ 5,57 milhões por empregado.

Coadjuvante na construção de ganhos cada vez maiores, a mais valia relativa aparece forte no uso da tecnologia em substituição ao trabalho humano, materializada na relação capacidade instalada x empregados: a capacidade instalada que em 1998 era de 3,03 MW por empregado foi catapultada para 6,03 MW em 2015.

Em nosso entendimento a eficiência pretendida pela ENGIE matriz vem sendo alcançada com sobras, nos resultados auferidos desde 1998. 

No entendimento divergente dos representantes da empresa, mesmo reconhecendo como excelentes os resultados alcançados nos anos anteriores e que deve se repetir este ano, a ENGIE Brasil “precisa” ser ainda mais eficiente em todos os seus processos, para tanto a empresa opta por reduzir o poder de compra dos salários e dos benefícios dos seus “colaboradores” tão elogiados em todos os discursos.

Mesmo sabendo que essa é a essência do capitalismo, não podemos aceitar que a diretoria da empresa, recém renovada, mantenha uma proposta tão ruim, mesmo sabendo que ao não repor, no mínimo, a inflação nos salários e benefícios   e ainda, ao reduzir a promoção por antiguidade para os gerentes para 0,5% estará gerando um descontentamento geral com possíveis reflexos nos resultados futuros e no clima organizacional.

O corpo funcional da ENGIE Brasil quer de fato uma política de ganha-ganha com uma distribuição dos ganhos da empresa de forma justa entre acionistas e os empregados.

A próxima rodada, que ainda não tem data agendada, deve ser decisiva para o rumo das negociações do ACT 2016/17.

 

Reconhecer e Valorizar. Agora é a Hora. 

Acompanhe a negociação do ACT 2016/17



Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
Voltar para o conteúdo | Voltar para o Menu principal