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Publicada em: 04/04/2016 22:04 - por: INTERSUL - Visualizações: 1288

A MIRA DO CANHÃO APONTADA DE NOVO PARA A ELETROSUL


A MIRA DO CANHÃO APONTADA DE NOVO PARA A ELETROSUL

Trabalhadores assombrados novamente pelo fantasma da privatização

A mudança dos rumos da Eletrosul está alarman­do os trabalhadores. Há bem pouco tempo a gestão da Eletrosul e as ações de sua diretoria estiveram voltadas para a ampliação dos investimentos, apre­sentando os ativos de geração de fonte eólica como a “menina dos olhos” e, intensificando a participação no mercado de Transmissão de Energia que é a principal fonte de receita da empresa.

Perplexos, os trabalhadores percebem agora que planos para privatizar a Eletrosul parecem caminhar a todo vapor. Nesta segunda-feira (dia 28/3) vazou na imprensa informação de que o banco Credit Suis­se foi contratado pela Eletrobras para prestar con­sultoria em um plano para a venda de ativos da Eletrosul, que incluem linhas de transmissão de energia e usinas eólicas. Parte desta venda aconteceria ain­da neste ano. Segundo as fontes, que falaram sob a condição de anonimato à agência Reuters, a com­panhia espera levantar cerca de R$ 2 bilhões com a venda total ou parcial dos ativos. Mais preocupa­dos ainda ficam os trabalhadores e suas entidades representativas, considerando a posição da própria diretoria da Eletrosul que há alguns meses já deixou escapar nos corredores da empresa a existência de tal plano de desinvestimento.

Conforme publicação no Diário Oficial da União do dia 11/12/2015, o Banco Credit Suisse foi contratado por 8 milhões de reais, por Inexigibilidade de Licitação. O objetivo dessa contratação é o de que o Ban­co possa atuar como seu único assessor financeiro com relação à operação de “otimização de ativos para a realização de ações e medidas, que incluem, mas não se limitam, à venda de ativos, à concretiza­ção de parcerias societárias em ativos e/ou projetos ou reestruturação societárias para a gestão do Fluxo de Caixa da Eletrosul”. A direção dos sindicatos que compõem a Intersul e os trabalhadores se pergun­tam o real significado da expressão “não se limitam à venda de ativos”. Quem sabe poderá ensejar o “alu­guel ou a venda de trabalhadores” junto com esses ativos? Será a guinada definitiva da gestão da em­presa, a caminho da privatização?

Não podemos nos esquecer que em 1998 o banco Credit Suisse, na época sob o nome Credit Suisse First Boston, também foi contratado pela Eletrobras, para fatiamento e venda dos ativos da Eletrosul, Fur­nas, Eletronorte e Chesf. Hoje, a totalidade do par­que gerador da Eletrosul daquela época pertence à iniciativa privada.

Considerando a importância das empresas esta­tais do ramo de energia para a soberania do país, a par de sua função social indiscutível, os rumos seguidos pelas direções da Eletrobras e da Eletro­sul são diametralmente opostos ao que se espera como política pública necessária para garantir a produção de melhores condições de vida para a população brasileira, e uma ameaça concreta aos trabalhadores.



Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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