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Publicada em: 09/12/2013 00:12 - por: INTERSUL - Visualizações: 646

A COERENCIA ENTRE O DISCURSO E A PRATICA


A COERENCIA ENTRE O DISCURSO E A PRATICA

O presidente da Holding, José da Costa Carvalho Neto, em carta enviada a todos trabalhadores(as) do Grupo fez um apelo para que respondessem a 3ª Pesquisa Unificada de Clima Organizacional das empresas Eletrobras, cujo prazo se encerrou dia 29/11. Assim se expressou: “Com os resultados dessa pesquisa, será possível elaborar o Plano de Ação Integrado, além de um Plano de Ação Empresarial específico para cada empresa Eletrobras. O objetivo dos planos é melhorar o clima interno, valorizando os empregados e fortalecendo nossas empresas”. Os sindicatos que compõem a Intersul tem o mesmo entendimento dos representantes dos empregados no Conselho de Administração da Eletrosul, Dino Gilioli e Wanderlei Lenartowicz, que divulgaram na edição nº 38 do boletim dos conselheiros que, independentemente da opinião pessoal de cada trabalhador, consideram importante a manifestação dos empregados (as), se posicionando e principalmente, estando atentos ao resultado da pesquisa para cobrar o cumprimento das promessas. Entre as várias mensagens que foram enviadas pela empresa, objetivando motivar a participação dos empregados, destacamos algumas igualmente citadas pelo boletim dos conselheiros eleitos: “Juntos podemos melhorar nossos resultados”; “Suas respostas podem mostrar novos caminhos”; Contamos com o seu apoio para construir a empresa que queremos”. Se o resultado da pesquisa for de fato levado em consideração pela alta administração e os planos propostos (com o envolvimento dos trabalhadores) forem executados, é possível vislumbrar mudanças que favoreçam a melhoria do clima interno, à valorização do empregado e ao fortalecimento das empresas. No entanto, mais do que afirmações, é preciso que se responda francamente como alcançar esses objetivos diante de equações que saltam aos olhos:

1) Receita menores x necessidade de investimentos;

2) Modicidade tarifária x qualidade dos serviços prestados;

3) Quadro de pessoal reduzido x crescimento das empresas;

4) Valorização/retenção do quadro de pessoal x redução de custos nessa área.

Relatórios da ANEEL e do ONS apontaram que uma das causas dos últimos apagões no país é a falta de investimentos em estrutura. Nada mais óbvio, no entanto há que se perguntar se os valores estipulados pela MP 579 (renovação das concessões) são suficientes para fortalecer as empresas Eletrobras? Ou será que o governo federal está apostando que as empresas privadas vão investir na expansão do sistema sem a garantia de lucro farto e rápido. Ora, quem conhece um pouco do setor elétrico brasileiro sabe que a resposta é um retumbante não! Ciente disto, em recente manifesto o Coletivo dos Conselheiros Eleitos formado por representantes das empresas do Grupo Eletrobras, se posicionou propondo que a gestão das empresas da holding adotem medidas para:

a) Garantir junto ao Poder Concedente que o valor das indenizações relativas à parcela não amortizada dos ativos renovados seja suficiente para cobrir investimentos efetivamente realizados e também realimentar a capacidade de investimentos das empresas;

b) Apresentar ao regulador, de forma objetiva e embasada tecnicamente, as reais necessidades das empresas quanto às tarifas de energia elétrica, para que não venham a se tornar inviáveis ou incapazes de manter a prestação do serviço com qualidade, segurança e cumprindo suas obrigações com a sociedade e com os trabalhadores;

c) Garantir que a energia a ser produzida, a partir de ampliações de usinas hidrelétricas posteriores à renovação das concessões, seja comercializada como energia nova. Para isso, é necessário propor ao governo federal a revisão da lei de concessões especialmente o parágrafo 1º de seu artigo 4º. Medida semelhante seria adotada para o caso de ampliação da capacidade das linhas de transmissão;

d) Não permitir que as medidas de otimização de custos que venham a ser tomadas pelas empresas sejam concentradas na redução de despesas de pessoal, pois há outros elementos de despesa com importantes impactos econômicos cuja efetivação não compromete a capacidade do corpo funcional em manter-se apto a continuar cumprindo suas funções essenciais para o êxito das organizações.

 



Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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