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Publicada em: 23/10/2013 10:10 - por: INTERSUL - Visualizações: 649

APARANDO ARESTAS


APARANDO ARESTAS

Na tarde da última quinta-feira, dia 15/08, dirigentes sindicais integrantes das entidades que compõem a Intersul estiveram reunidos na sede da Eletrosul com a diretoria da empresa, representada pelo Diretor Administrativo Paulo Afonso, e assessores. Os sindicalistas foram tratar de temas decorrentes da greve dos eletricitários, como a forma de compensação dos dias parados, de questões remanescentes do processo negocial, como a PLR 2012, e de pendências apontadas em correspondência da Intersul de abril deste ano. Os dirigentes sindicais aproveitaram também para expor ao DA assuntos que vêm afligindo os empregados, como o PCR e a jornada de trabalho. Trataram ainda do déficit do Plano BD, que foi um dos motivos da reunião realizada também no dia 15/08 (pela manhã) com o diretor de Seguridade da ELOS, Roberto Helou, e gerentes das áreas de seguridade e de investimentos, na sede da Fundação em Florianópolis.
A seguir, destacamos resumidamente alguns pontos do encontro que durou cerca de 4 horas:

PLR 2012 – Foi cobrada a posição da diretoria da Eletrosul sobre questionamentos feitos pelos sindicatos, uma vez que há entendimento de que o valor da PLR 2012 foi pago a menor. O DA, sensível aos argumentos colocados pelos sindicalistas, ficou de dar uma resposta definitiva esta semana. Fiquemos atentos!

DIAS PARADOS – Na visão dos dirigentes sindicais e, conforme descrito em cláusula do ACT nacional, a paralisação do dia 11/07 também se inclui dentro da compensação de 5 (cinco) dias. Outro aspecto relevante é que a definição da quantidade desses dias se deu no marco dos “25% dos dias parados a ser compensados”, proposto pelo TST. Esta é a base para a referida compensação, levando em consideração situações específicas; tais como o pessoal em férias, pessoal do PID e os operadores (que tem regime de trabalho diferenciado). Esta questão, segundo o DA, será tratada esta semana junto a Holding e respondida aos sindicatos. Para a compensação poderá ser utilizado o saldo do banco de horas e quem não tiver saldo poderá efetivar a compensação durante a vigência do ACT (2013/2015).

PCR – Os sindicalistas expuseram ao diretor que há um descontentamento generalizado com o Plano de Carreira e Remuneração e a sua forma de aplicação, ou melhor; de sua não aplicação, às vezes. Causa muita intranqüilidade e desconfiança sobre essa ferramenta de gestão de pessoas, quando as próprias direções das empresas descumprem regras estabelecidas no plano. Como, por exemplo, a distribuição de méritos de 2013, que até agora não se sabe se será praticada ainda neste ano. No caso específico da Eletrosul, recentemente 19 “chefes de setores” passaram a ser gerentes (nível III) com uma gratificação de função diferenciada. Os demais chefes de setores perguntam quando a diretoria da Eletrosul cumprirá a promessa feita numa reunião gerencial, pelo presidente Eurides Mescolloto, de que esta situação seria resolvida. Aliás, isto é item de pauta de reivindicação e que foi totalmente ignorado. Só sobrou a promessa? Tem ainda a questão do pessoal que está a mais tempo na empresa e ainda é Junior, casos de Pleno que poderiam ser Sênior... Tem a situação da gratificação aos gerentes da Eletrosul que é menor em relação a outras empresas do grupo. Ou seja, sem um PCR realmente unificado e funcionando será muito difícil motivar os trabalhadores (as) que ficarem na empresa e que vão enfrentar responsabilidade e sobrecarga de trabalho maior diante da saída do pessoal do PID e frente aos desafios colocados ao setor elétrico federal.

JORNADA DE TRABALHO – A base material e das mais importantes de um Plano de Carreira é a jornada de trabalho. Não se pode afirmar que há um PCR unificado, com jornada de trabalho diferenciada. É o que vem acontecendo no Grupo Eletrobras. Isto é, no mínimo, inadmissível. Das 14 empresas do grupo, 11 tem jornada de 7h30min. Conforme informações obtidas, somente na Eletrosul, na Chesf e na Eletronuclear a jornada é de 8hs. No caso de Furnas, na sede é de 7h30min e nas áreas descentralizadas de 8hs. Enfim, dentro de um mesmo grupo não é possível conviver com essa disparidade. Na Eletrosul, juntamente com a questão do PCR, esse ponto tem causado muita insatisfação e precisa ser tratado junto a Holding com urgência. Esses fatos vêm prejudicando sobremaneira o ambiente de trabalho. Para tirar a prova, basta fazer uma pesquisa de clima.

DÉFICIT DO PLANO BD - Em correspondência da Intersul, enviada a diretoria da Eletrosul, os dirigentes sindicais manifestaram o entendimento de que o déficit do Plano BD ocorrido em 2011 (em torno de 83 milhões) era de responsabilidade da patrocinadora por ser decorrente de ações de caráter estrutural (ato de gestão da empresa). O entendimento da Intersul, na ocasião, agora consta de relatórios, atas e parecer jurídico encomendado pela própria ELOS recentemente. Ou seja, está confirmado de que a maior parte do montante do déficit é de natureza estrutural e, neste caso, é de responsabilidade da patrocinadora do plano, (a Eletrosul), a cobertura do referido déficit. Se esta situação não se resolver pela via administrativa, o que pode ser melhor para todas as partes, os sindicatos buscarão meios legais para fazer valer o direito dos participantes do plano BD na fundação ELOS.

PROCEDIMENTO DE REDE – Embora ajam questionamentos dos sindicatos, a representação da empresa entende que os procedimentos de rede vêm sendo cumpridos pela Eletrosul. Lembra ainda que essa questão esteja sendo tratada por órgãos competentes, tais como o ONS e a ANEEL sem ainda uma definição.


Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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