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Publicada em: 23/10/2013 10:10 - por: INTERSUL - Visualizações: 605

Mais um diretor em tempos de redução de custos?


Mais um diretor em tempos de redução de custos?

Desde a divulgação da MP 579, a diretoria da Eletrosul e da Eletrobras bradam a plenos pulmões pela redução de custos, deixando claro que quem vai pagar a conta da queda das receitas são os trabalhadores. O discurso do medo, da terra arrasada virou cartilha de condução de todos os debates das diretorias com os trabalhadores. Virou arma para negar avanços e caçar direitos.
É certo que o impacto da MP 579 e a consequente redução de receita da Eletrosul são grandes. Os sindicatos que compõem a Intersul manifestaram-se, desde o início das discussões sobre a renovação das concessões e a redução das tarifas para a população brasileira, que estas não poderiam minar a capacidade financeira das empresas de energia nem gerar a perseguição dos trabalhadores e o ataque aos direitos da categoria.

Em meio a este cenário, o Conselho de Administração da Eletrosul, ignorando a necessidade de redução de custo da empresa e com a total conivência da diretoria da Eletrosul que tem um representante no Conselho, “elege” um novo diretor! Novo velho, na verdade! Obedecendo cegamente ordens “superiores”, que vieram através de uma carta da Eletrobras “mandando” designar o ex-governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira, como Diretor Administrativo da Eletrosul, o CA da maior estatal federal do sul do Brasil perdeu uma excelente oportunidade de manter sua coerência. Enquanto a direção da Empresa reduziu o orçamento para treinamento em 75%, vai gastar só em salário com o novo diretor aproximadamente 400 mil reais por ano, sem considerar encargos e demais benefícios do titular e seus dependentes.

A verdade é que na contramão de todo seu discurso, a Eletrosul nomeia um novo diretor com o claro intuito de abrigar um aliado político com vistas às eleições que vem por aí. A campanha eleitoral de 2014 já ocorre hoje e, ao que parece, o governo federal quer garantir os apoios no processo de reeleição da presidenta Dilma, loteando os cargos que lhe restam. Enquanto isso, os trabalhadores são atropelados nas discussões sobre o pretexto de equalização das contas. Prova mais recente disso é a postura da empresa perante as mudanças na legislação da Periculosidade. Trágico também foi a apresentação do resultado de 2012 da empresa, no mesmo dia da nomeação de um novo diretor.

Se há uma necessidade real de reorganização, que se comece por uma gestão coerente, se comece dando exemplos e dispensando o dispensável. Agregar um novo diretor, com todos os seus custos diretos e indiretos está (vai) na contramão da realidade do setor elétrico nacional e do discurso da Diretoria. Os sindicatos que compõem a Intersul reiteram sua discordância com a indicação de um novo diretor, o que representa um custo considerável, em um momento onde a empresa (tenta) quer repassar os ônus da redução de receita aos trabalhadores. E, com certeza, vai usar com veemência essa questão para tentar justificar retirada de direitos, promover demissões (escamoteadas por incentivo) e para não atender as reivindicações dos empregados na campanha de data-base 2013/2014. Continuemos atentos e unidos!

"Na contramão do discurso, a Eletrosul nomeia um novo diretor com o claro intuito de abrigar um aliado político com vistas às eleições que vem por aí".


Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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