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COMPLEXO JORGE LACERDA – CJL (DIAMANTE)
EMPRESA APRESENTA ORGANOGRAMA DE DESCOMISSIONAMENTO
Aconteceu na última sexta-feira, 04/12, mais uma reunião (presencial/virtual) entre a direção da ENGIE e os empregados da Diamante sobre o futuro das usinas térmicas do Complexo Jorge Lacerda. O SINTRESC e a INTERSUL estiveram representados pelo dirigente Luiz Antonio Barbosa, que participou da reunião a convite da empresa.
Na reunião os representantes da empresa, além de atualizarem os presentes sobre a situação de cada uma das possíveis alternativas futuras do Complexo, apresentaram um cronograma de descomissionamento das 7 unidades geradoras da Diamante, reforçando a decisão da holding da chamada “descarbonização da matriz de geração” do grupo.
No cronograma de descomissionamento (desligamento) apresentado, as primeiras máquinas serão desligadas em 2021 e a última em 2025, dois anos antes do término previsto do reembolso do carvão feito através de parcela da CDE (Conta de Desenvolvimento Energético).
Em relação às alternativas a empresa, praticamente descartou, a possibilidade da venda do ativo. Já em relação a “devolução” do Complexo para União, via a incorporação pela Eletrobras, a empresa informou que já há algum tempo vem mantendo conversas com o MME (Ministério de Minas e Energia) na tentativa de negociar essa alternativa.
Considerando a decisão “irrevogável” do Grupo ENGIE de não ter mais usinas a carvão, nos parece que a alternativa da volta do Complexo para União é a mais viável e, nesse sentido, temos articulado com lideranças da região em busca da sensibilização do governo federal sobre a necessidade de se manter em funcionamento o Complexo por questões estratégicas e principalmente sociais. Para tanto é fundamental a postergação do reembolso do carvão, via CDE, para além de 2027 e que o governo federal negocie com a ENGIE o retorno do Complexo para a união.
Estrategicamente, a geração térmica por ser energia firme, independente das condições climáticas, garante em momentos de seca, como está acontecendo agora, a geração necessária para evitar apagões em virtude de os reservatórios das usinas hidráulicas estarem com níveis muito baixos.
Socialmente, o Complexo é importante porque gera, além de energia, emprego e renda para aproximadamente 20 mil trabalhadores/as que de forma direta ou indireta dependem da cadeia produtiva ligada à geração térmica a carvão na região Sul de Santa Catarina. Além de impostos e royalties que são pagos às prefeituras do entorno.
PLANO DE DEMISSÃO INCENTIVADA – PDI
Há tempo o PDI vem fazendo parte das pautas de reivindicações dos/as empregados/as e a INTERSUL tem discutido com a empresa, mas, infelizmente, até agora não tivemos êxito.
Fazendo eco ao desejo dos/as empregados/as, sempre deixamos claro que o que se busca, é um programa perene de incentivo à demissão e para todos/as, uma ferramenta de gestão de pessoal permanente que permita à empresa e aos/as empregados/as planejarem seus futuros.
Em ocasiões críticas como foi o descomissionamento da Usina de Charqueadas, priorizamos a transferência daqueles/as empregados/as que desejavam permanecer na empresa, para depois discutir com a ENGIE o PDI que foi oferecido àqueles que queriam sair da empresa.
Em relação ao Complexo temos tido a mesma postura. Não descartamos o PDI, pelo contrário, ele é assunto recorrente com a direção da empresa, mas priorizamos a manutenção dos empregos e a oportunidade de transferência daqueles que quiserem permanecer na ENGIE, no caso do descomissionamento.
Continuaremos direcionando nossos esforços no sentido de manter o Complexo gerando energia, emprego e renda, sem, contudo, deixar de buscar saídas, entre elas um PDI, caso a única alternativa que reste seja o abominável fechamento do Complexo Jorge Lacerda.