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Publicada em: 07/02/2018 23:02 - por: INTERSUL - Visualizações: 533

HOJE SÃO AS DISTRIBUIDORAS... Amanhã serão as geradoras.


HOJE SÃO AS DISTRIBUIDORAS...

Amanhã serão as geradoras.

 

 Amanhã, dia 08/02/2018 será um dia decisivo na luta entre os que querem entregar a Eletrobras e os que querem defende-la como patrimônio dos brasi­leiros, será o dia da Assembleia Geral Extraordiná­ria (AGE) de número 170. Essa AGE terá na pauta a escolha entre a privatização ou a liquidação das distribuidoras do grupo Eletrobras. Ou seja, os acionistas deverão escolher qual o destino das distribuidoras do Acre, Rondônia, Amazonas, Roraima, Piauí e Alagoas, se essas empresas serão vendidas ou se serão simplesmente liquidadas, ou seja, extintas.

Qualquer uma das duas opções será desastro­sa para as populações desses estados e será também um passo decisivo na privatização do restante do grupo Eletrobras, inclusive Furnas. Isso a própria diretoria privatista da Eletrobras assume, deixan­do claro que se desfazer das distribuidoras é condi­ção indispensável para o andamento dos planos de privatização do grupo. Isso acontece porque como acumulam grande passivo e como são consideradas a parte “ruim” do grupo, as distribuidoras acabam por desvalorizar a Eletrobras como um todo e como se sabe, os grupos interessados em se apoderar da maior empresa de energia elétrica da América Lati­na querem apenas o “filé” e não admitem ficar tam­bém com o “osso”.

O processo de privatização da Eletrobras co­meçou ainda em 2015, com a autorização para a pri­vatização da CELG. Naquela época já alertávamos que aquele era apenas o começo e não tardou para o governo Temer anunciar a privatização de todas as outras distribuidoras e depois da própria Eletrobras. Engana-se, portanto, quem pensa que esse governo de traição nacional vá se contentar só com as distribuidoras, o Projeto de Lei da privatização da Eletro­bras, bem como a Medida Provisória que autoriza tal negociata já estão em tramitação no congresso.

As seis distribuidoras ameaçadas de privatiza­ção ou liquidação eram empresas estaduais e vieram parar dentro da Eletrobras justamente porque nos anos 90, em meio ao processo de privatização que atingiu a maioria dos estados, ninguém se interessou por comprar essas empresas, situadas em regiões de pouca atratividade econômica. Hoje o governo entre­guista de Temer propõe vender as distribuidoras por R$ 50 mil cada, deixar a maior parte das dí­vidas com a própria Eletrobras e autorizar rea­justes nas tarifas para a população de até 40%.

As empresas de distribuição da Eletrobras são viáveis, desde que haja uma gestão eficiente e que se admita que em regiões mais pobres e de difícil aces­so, como é o caso da Amazônia, é necessário o in­vestimento direto da União, com vistas a garantir a manutenção das populações em suas comunidades, especialmente em regiões isoladas e fronteiriças, ou então que haja uma política de subsídios cruza­dos para essas distribuidoras, como, aliás, vigo­rou até os anos 90.

Os sindicatos que compõem o Coletivo Nacional dos Eletricitários, bem como parlamentares patrio­tas estão tomando diversas providências jurídicas para evitar que se consume mais esse crime contra a soberania nacional e as populações dos estados da Amazônia e do Nordeste. Cabe aos trabalhadores das demais empresas do grupo Eletrobras, inclusive aos trabalhadores de Furnas, demonstrar ativamente to­tal solidariedade aos trabalhadores das distribuido­ras, que nesse momento estão na linha de frente dessa guerra para salvar nossas empresas. Hoje são eles, se não fizermos nada amanhã seremos nós.



Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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