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Trabalhadores protestam e paralisam atividades por 72 horas
Eletrobras afronta trabalhadores e ameaça suspender negociações
Em assembleias realizadas de 24 a 27 de junho, os trabalhadores de todas as empresas do Grupo Eletrobras aprovaram o indicativo do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE) de paralisação de 72 horas nos dias 4, 5 e 6 de julho caso a proposta da Eletrobras para o ACT2016/2017 a ser formalizada no dia 29/06 não contemple as alterações no termo aditivo sugeridas pelo CNE.
O compromisso de formalizar novas propostas para o ACT e para a PLR2015 no dia 29 foi assumido pela Eletrobras na última reunião de negociação realizada em Brasília dia 22, quando também foi pré-agendada uma nova reunião para o dia 07/07.
Muito insatisfeitos com o andamento das negociações os trabalhadores de várias empresas do Grupo Eletrobras, além de aprovarem o indicativo do CNE para os dias 4, 5 e 6 de julho, decidiram também realizar outras paralisações, que estão ocorrendo em períodos e prazos diversos.
Assim aconteceu em empresas como Eletrobras Holding, Furnas, Eletronuclear, Cepel e na Eletrosul onde os trabalhadores propuseram e aprovaram a paralisação por 72 horas, que já ocorreu de 27 a 29/06.
Em contrapartida, a Eletrobras em atitude de desrespeito e afronta aos trabalhadores encaminhou no dia 28 aos sindicatos e federações um fax ameaçando suspender as negociações caso as paralisações persistam. No dia 30/06 os sindicatos que compõem o CNE estarão reunidos em Brasília para avaliar o quadro de paralisações, o andamento das negociações e os próximos encaminhamentos. Na visão dos sindicatos da Intersul é fundamental a busca pela unificação dos encaminhamentos para o fortalecer a capacidade de enfrentamento ao processo de desmonte do setor elétrico, privatizações, e ainda garantir um ACT e PLR justos para todos os trabalhadores.