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Eletrobras - Eletricitários vão à luta!

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Eletricitários vão à luta!

Está prevista para dia 11 de abril a entrega da pauta de reivindicações dos eletricitários com vistas ao ACT 2013/2014. A Federação Nacional dos Urbanitários (FNU) também pretende agendar com a Eletrobras a primeira rodada de negociações para o dia 23 de abril. A disposição das entidades representativas dos trabalhadores é de não aceitar passivamente os ataques aos direitos dos trabalhadores que acompanham pela mídia os constantes anúncios de redução e cortes pretendidos pela holding que demonstram desconhecimento por parte da direção da Eletrobras quanto a importância da valorização dos quadros de pessoal no momento em que as empresas necessitam se fortalecer para enfrentar os desafios econômicos atuais do setor elétrico. É inadmissível que as direções das empresas não reconheçam que a redução das tarifas de energia através das medidas contidas na nova lei de concessões só foi possível, em grande parte, pela contribuição dos trabalhadores do Sistema Eletrobras. Ao invés de reforçar a capacidade do seu quadro de pessoal, as ações da Eletrobras anunciadas até o momento vão no sentido de fragilizar a capacidade de atuação do corpo funcional através de demissões e de medidas de flagrante descumprimento de obrigações, como a anunciada pretensão de mudança na atual sistemática de cálculo do adicional de periculosidade.

Independente de qualquer alteração na lei, a atual base de cálculo da periculosidade está acordada com as entidades sindicais e de acordo com a legislação vigente, fazem parte do contrato de trabalho. Os eletricitários e suas entidades representativas não deixarão de tomar todas as ações para impedir ataques como este aos direitos e conquistas históricas da categoria. Não se pode esquecer que os trabalhadores não são responsáveis pelos impactos negativos nos balanços das empresas, recentemente divulgados pela holding. Sem a redução do valor dos ativos imposta pelo governo, as empresas do sistema Eletrobras teriam registrado lucro de R$ 5,9 bilhões em 2012, fruto em grande parte da já mencionada contribuição dos trabalhadores do setor elétrico. Na contramão do necessário fortalecimento da capacidade de operação e manutenção do sistema, a Eletrobras traz em seu plano de negócios para a gestão 2013-2017, além das medidas de redução dos gastos com pessoal, a manutenção da política de distribuição de dividendos, transferindo mais recursos para os acionistas, provocando maior descapitalização e diminuindo mais ainda a capacidade de investimentos. Que política é essa? A quais interesses as diretorias das empresas do Sistema Eletrobras pretendem atender? Quanto aos interesses dos trabalhadores, suas entidades representativas não se furtarão a fazer a defesa. Os trabalhadores não podem ser responsabilizados pela incapacidade gerencial das empresas e esta data-base e as ações organizadas dos eletricitários serão mais uma vez a oportunidade de demonstrar o valor da classe trabalhadora. Será na luta em todas as esferas, seja na mobilização, seja nas ações no campo jurídico que os trabalhadores buscarão avançar. Vamos conquistar um acordo coletivo digno.

Retroceder jamais!

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