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Publicada em: 01/04/2021 00:04
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“CGPE” DA ELETROBRAS REAVALIA CANDIDATURAS DEPOIS DE HOMOLOGADAS E PROVOCA ESVAZIAMENTO NA ELEIÇÃO DE REPRESENTANTE DOS EMPREGADOS NO “CA” DA CGT ELETROSUL

 

O direito de eleger um Representante dos Empregados no Conselho de Administração foi uma conquista muito importante da classe trabalhadora e do movimento sindical, fruto de uma longa luta pelo reconhecimento de que os trabalhadores são os verdadeiros responsáveis pela construção da empresa e seus resultados, portando, têm o direito de participar dos debates e deliberações que definem os rumos das empresas. A eleição virou lei durante o mandato do ex-presidente Lula.

 

Lamentavelmente este direito vem sendo atacado sistematicamente por setores contrários aos interesses dos trabalhadores. Especialmente depois da entrada em vigor da Lei 13.303/16, estes setores se utilizam das direções das empresas para interferir nas eleições e restringir a participação efetiva dos trabalhadores por meio de uma série de exigências impostas pela lei, que exclui a grande maioria dos trabalhadores da possibilidade de participar das eleições.

 

Exemplo destas interferências é a controversa decisão do Comitê de Gestão, Pessoas e Elegibilidade (CGPE) da Eletrobras. Depois de provocar a suspensão da Eleição de Representante dos Trabalhadores no Conselho de Administração da CGT Eletrosul, por um determinado período e depois homologar três (03) candidaturas, estranhamente voltou a provocar a suspensão do processo para uma reanálise e acabou por declarar inelegíveis mais dois (02) dos candidatos que já tinham sido anteriormente homologados. Além disso, o CGPE ignorou as justificativas apresentadas pelos dois candidatos, que na visão da Intersul mostram que ambos não se enquadram nas vedações previstas pela Lei 13.303/16. A direção da Eletrobras, através do CGPE, faz uso de uma interpretação inadequada da lei para interferir no processo democrático e de certa forma “esvaziar” a eleição do Representante dos Empregados no Conselho de Administração da CGT Eletrosul.

 

Coincidência ou não os dois candidatos que tiveram reavaliadas as condições de elegibilidade e foram posteriormente impugnados tem notória afinidade com o movimento sindical e a luta em defesa dos trabalhadores. Um deles, Eduardo Clasen Back, foi dirigente do Sinergia e já esteve no Conselho de Administração da Eletrosul, eleito pelos trabalhadores como suplente em 2016. Para esta eleição de 2021, Eduardo submeteu sua candidatura à apreciação em uma Plenária Virtual dos associados aos Sindicatos da Intersul onde teve o apoio dos sindicatos da Intersul aprovado pela Plenária.

 

Os dois candidatos agora impugnados já impetraram ações judiciais e pedidos liminares com vistas a restabelecer sua participação no processo eleitoral.

 

Acreditamos que ainda haja justiça em nosso país e que será restabelecido o direito dos trabalhadores da CGT Eletrosul de escolherem de forma livre e democrática o seu representante no Conselho de Administração, mais alto órgão de deliberação da empresa.




Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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