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DATA BASE 2016
EMPREGADOS/AS DA ENGIE
JORGE LACERDA
Uma decisão diferenciada
Chamou muita a atenção da INTERSUL o resultado da assembleia da base SINTRESC, ou seja, dos empregados do Complexo Jorge Lacerda – CTJL que rejeitaram por ampla maioria a proposta da empresa.
Embora tenha havido votos contrários também nas demais áreas, a proposta da ENGIE foi aprovada pela maioria. Ressalta-se, como já o fizemos no boletim anterior, o que contribuiu para isso foi o fator indigesto da imposição feita pela empresa de só pagar a PLR após a aprovação do acordo.
“Se não fosse a PLR o acordo não seria aprovado” foi a frase mais ouvida pelos dirigentes da INTERSUL nos bastidores das assembleias.
Como explicar o resultado do complexo?
A rejeição de quase 89% dos presentes na assembleia do SINTRESC pode ser explicada por dois fatores principais:
O primeiro, comum às outras bases, é a rejeição a proposta em si, muito aquém da esperada por todos/as empregados/as, principalmente com relação à retroatividade a novembro/16 do reajuste de 4,5% que só foi repassado aos salários a partir de maio/17.
O segundo, talvez o mais forte, é o clima reinante entre os/as empregados/as de Lacerda após o anúncio da venda das usinas térmicas pela ENGIE e suas explicitas consequências.
Entre os “efeitos colaterais” já sentidos após a fatídica decisão do Grupo ENGIE está a redução de postos de trabalhos diretos e indiretos que vêm acontecendo no Complexo.
As vagas dos que saíram no PDV não estão sendo preenchidas na mesma proporção e está havendo a redução do número de terceirizados, o que acarreta em redistribuição de tarefas entreos/as empregados atuais, em muitos casos ocasionando uma sobrecarga preocupante em todos os sentidos.
O sentimento de ser “mercadoria descartável” é inevitável, e acrescido aos fatores já citados contribui para um ambiente ruim de trabalho.
A empresa tem que analisar o resultado da assembleia em Jorge Lacerda para além do objetivo da mesma. Implicitamente deve ser visto como um desabafo e um alerta sobre a situação de desânimo e de desesperança, reinante nas usinas do complexo.
O SINTRESC, a INTERSUL e os Conselheiros Representantes dos/as empregados/as estão atentos e ativos na busca de minimizar os efeitos de uma possível venda. O objetivo é garantir os direitos e conquistas estabelecidos nos acordos e normas, conforme previsto no Edital de Privatização da Gerasul.
Nosso entendimento é de que quem vier a comprar as usinas terá que assumir tudo o que foi garantido no Edital, e para que isso aconteça, temos reafirmado à direção da ENGIE que tudo deve estar muito claro e explicito para os potenciais compradores.
Mais do que nunca temos que estar juntos.
Filie-se às autênticas e atuantes entidades sindicais.