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ABERTA A “TEMPORADA DE CAÇA” AOS BENEFÍCIOS NA ELETROSUL
O modelo político instituído no país dos golpistas, que influencia os modelos empresariais em voga, atinge em cheio toda a sociedade, todos os trabalhadores e, portanto, já é percebido de forma muito evidente na Eletrosul.
A nova Diretoria da Empresa, sem nenhuma “cerimonia” vem sistematicamente atentando contra os direitos dos trabalhadores, sem se importar com flagrantes descumprimentos de normas e em especial, dos acordos coletivos de trabalho. Exemplo significativo, a tentativa de negar a ampliação da licença paternidade conquistada na negociação do ACT 2016/2018, que finalmente foi implementada recentemente após forte atuação das entidades sindicais que compõem a Intersul.
No mesmo nível de tentativa de extirpar benefícios conquistados a duras penas pelos trabalhadores, a Diretoria da Eletrosul, em 20/10/2016, arbitraria e unilateralmente alterou a NG 018 para eliminar, inclusive de forma retroativa, o direito dos novos empregados admitidos a partir de 01/04/2016, impedindo-os de optar pela utilização do Plano de Saúde administrado pela Eletrosul disponibilizando a eles, exclusivamente, o Plano de Saúde administrado pela Elosaúde.
Mais uma vez, a Intersul reagiu ao ataque da Empresa, cobrando a postura adotada pela Diretoria, no entanto, a norma foi alterada sem concordância da Intersul, em total desrespeito aos Acordos Coletivos de Trabalho vigentes, firmados pelas Eletrobras e pela Eletrosul com as entidades sindicais.
Contra o desrespeito aos direitos trabalhistas, a Intersul, representada pelo Sinergia, impetrou em dezembro de 2016, Ação Trabalhista de Cumprimento de Normas Coletivas com pedido de Tutela de Urgência, buscando a nulidade do ato praticado pela Eletrosul e restabelecer o direito dos novos admitidos. A primeira audiência está marcada para 17/02/2017, na 6ª Vara do Trabalho de Florianópolis-SC, com intimação do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Em recente contato com a Diretoria da Empresa, os dirigentes sindicais da Intersul deixaram claro que a manutenção das duas opções de Plano de Saúde está assegurada nos normativos internos e nenhuma alteração de normas internas provenientes dos Acordos Coletivos pode ser estabelecida sem concordância das entidades representativas dos trabalhadores.
Como se não bastassem estas arbitrariedades, a Diretoria da Eletrosul pautou para a próxima reunião do Conselho de Administração, o plano de migração obrigatória de todo o quadro de empregados da empresa, para o Plano administrado pela Elosaúde.
REAÇÃO DOS TRABALHADORES
Sobre a pretensão da Eletrosul de submeter ao Conselho de Administração uma migração obrigatória, os Sindicatos da Intersul irão avaliar e possivelmente tomar as novas medidas judiciais cabíveis.
Para isso, convocam todos os trabalhadores da Eletrosul a comparecerem em assembleias que serão realizadas em todas as bases na próxima segunda feira, dia 13/02/2017, para debater e deliberar ações e mobilizações necessárias, sem as quais, os exterminadores dos direitos e benefícios dos trabalhadores continuarão a nadar de braçada na maré que avança sobre o estado de bem-estar social conquistado pela Constituição Federal de 1988.