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Publicada em: 02/05/2016 00:05
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MUITO A

 

TEMER

 

PRIVATIZAÇÕES, TERCEIRIZAÇÃO E RETIRADA DE DIREITOS NO FUTURO DOS RABALHADORES

"Os sindicatos que compõem a INTERCEL e a INTERSUL sempre defenderam as empresas públicas e os direitos dos trabalhadores. Independente de bandeiras partidárias, nossa visão de sociedade é aquela onde os trabalhadores devem ser valorizados e respeitados por serem parte fundamental no desenvolvimento do país"

Recentemente a Câmara de Deputados aprovou por ampla maioria a continuidade do processo de impeachment da Presidenta Dilma Roussef. Nos bastidores deste processo (que deve se estender até o fim do ano), uma figura sai fortalecida: Michel Temer. Vice-presidente da República, Temer tem sido apontado como um dos articuladores políticos do Impeachment, em uma clara tentativa de tomar o poder. O clima político de guerra, com embates públicos entre Governo e oposição, troca de acusações, além do festival de incompetência e despreparo dos deputados federais (que envergonharam todo o Brasil com a ridícula manifestação no episódio do Impeachment), acaba encobrindo uma série de ameaças que rondam os trabalhadores.

Os sindicatos que compõem a INTERCEL e a INTERSUL sempre defenderam as empresas públicas e os direitos dos trabalhadores. Independente de bandeiras partidárias, nossa visão de sociedade é aquela onde os trabalhadores devem ser valorizados e respeitados por serem parte fundamental no desenvolvimento do país. Um desenvolvimento mais justo e igualitário. Sendo assim, cumprindo o papel de veículo de comunicações das entidades sindicais e voz dos trabalhadores, o Linha Viva continuará informando de todas as ameaças e ataques à classe trabalhadora. Temos pela frente um cenário de muita luta. Por isso é preciso saber o que estaremos enfrentando. Listamos a seguir três das principais ameaças que nos rondam. Conhecê-las, refletir e se unir com companheiros é o caminho para a resistência.

PRIVATIZAÇÃO

Para os eletricitários, que já passaram pelo desmonte das empresas públicas na década de 90, o terror das privatizações retorna com força total. Enquanto a Celesc é hoje uma das poucas distribuidoras de energia ainda públicas no Brasil, a Eletrosul teve uma parte vendida durante o Governo FHC. Esta triste história para o patrimônio público brasileiro é uma das propostas do documento "Uma Ponte para o Futuro". Segundo informações do Brasil 274, "embora não se espere uma grande reformulação da política para o setor elétrico, o mercado aposta em ajustes na regulamentação e em privatizações". Além disso, o documento do "governo Temer" prevê uma "política de desenvolvimento centrada na iniciativa privada, por meio de transferências de ativos que se fizerem necessárias", o que indica o retorno das privatizações de ativos no setor elétrico. Os sindicatos já têm se manifestado contra este crime ao patrimônio brasileiro. Atos contra a privatização das distribuidoras da Eletrobras e a venda de ativos na Eletrosul estão sendo organizados e, novamente, a união de todos os eletricitários será fundamental nesta luta. PRIVATIZAÇÃO NUNCA MAIS!

TERCEIRIZAÇÃO

Outro agravante de um eventual governo Temer é o ataque a direitos fundamentais dos trabalhadores. Mancomunado com a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o vice-presidente e seu partido já acenam com medidas que apenas beneficiam industriais. Neste cenário vemos o retorno do debate sobre a Terceirização irrestrita. Prática que no setor elétrico é sinônimo de morte, a terceirização na atividade-fim é defendida como forma de redução de custos para as empresas, sem considerar as necessidades, a dignidade e a segurança dos trabalhadores. O projeto inicial foi aprovado pela Câmara dos deputados aguardava a manifestação do Senado (PLS 30). Esquecido até então, a pressão das entidades patronais destravou o processo e o site do Senado já iniciou a consulta à população sobre o tema. Recomendamos a todos os trabalhadores que acessem a pesquisa (e se manifestem contrários à terceirização. Aos sindicatos caberá novamente o enfrentamento político para defender nossos direitos. Temos, em Santa Catarina, senadores avessos ao debate com trabalhadores. É hora de pressioná-los para que votem aquilo que é melhor para o povo. E o melhor para o povo é a proibição da terceirização.

RETIRADA DE DIREITOS

Recentemente listamos no Linha Viva uma série de projetos de lei que ameaçam direitos dos trabalhadores e tramitam na Câmara de Deputados e no Senado Federal. Novamente vemos o dedo das federações de indústrias neste processo. Travestido de flexibilização de leis que melhorariam a "competitividade" das empresas, os projetos nada mais fazem do que precarizar as condições de trabalho e explorar os trabalhadores. A ideia de seus defensores é clara: chicote no lombo de quem trabalha. Em entrevista que viralizou na Internet, o vice-presidente da Fiesp dá o tom: trabalhador tem que almoçar com uma mão e continuar trabalhando com a outra. A redução do intervalo de almoço é só um exemplo. O que buscam estes senhores de dinheiro é a prevalência do negociado sobre o legislado, ou seja, que acordos possam substituir o que é determinado pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). Assim, com a pressão das empresas sobre as negociações coletivas, esperam reduzir direitos fundamentais dos trabalhadores. A classe trabalhadora terá que se unir a movimentos sociais e sindicais, pois se depender do congresso, a CLT será rasgada.




Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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