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Publicada em: 15/12/2014 00:12
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3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul 

Propostas para o setor elétrico

O 3º Congresso dos Trabalhadores da Eletrosul realizado dias 8 e 9 de dezembro em Florianópolis, reuniu mais de 50 trabalhadores da empresa, vindos dos Estados de RO, MS, PR, SC e RS. O evento foi promovido pelos representantes dos trabalhadores no Conselho de Administração da Eletrosul, Wanderlei Lenartowicz, e Deunézio Cornelian Jr, e teve como tema central “Perspectivas para o setor elétrico brasileiro”.

A primeira mesa de debates foi coordenada por Deunézio Cornelian Jr. Foram abordadas a atual conjuntura política e as propostas do setor elétrico. Os debatedores desta mesa foram Franklin Moreira Gonçalves, presidente da Federação Nacional dos Urbanitários (FNU), e Robson Formica, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), ambas entidades pertencentes à Plataforma Operária e Camponesa para Energia, que possui um acúmulo de debates de propostas para um projeto energético popular. Franklin destacou a importância da promoção destes eventos, como uma forma de fomentar o diálogo entre trabalhadores, empresas públicas e governo para a construção de propostas e melhores soluções para os problemas que afetam os trabalhadores e a sociedade.

Registrou ainda como lamentável e preocupante o fato do Governo Federal não responder ao convite da comissão organizadora do Congresso e a consequente ausência de um representante do governo no evento, o que sinaliza para as dificuldades de manter o diálogo. “Se este governo achar que a empresa tem que se virar com os ajustes de ‘mercado’, que atue como empresa privada, vamos perder um importante instrumento de fazer políticas públicas no país”, disparou. As terceirizações e a gestão das empresas através das “nefastas” SPE´s que existem só para baratear o custo da mão de obra, privatizar o setor, foram duramente criticadas por Franklin. “O que está em jogo é o custo do trabalho e nós estamos na defensiva ao invés de estarmos seguindo em frente, reagindo a uma conjuntura ao invés de propondo novas abordagens”.

Robson Formica, do MAB, ponderou que “é duro termos que voltar a fazer pressão para termos um diálogo, a energia historicamente foi vista como assunto pertinente aos quadros técnicos do setor. Nós, dos movimentos sociais temos de nos apoderar deste tema, os trabalhadores devem travar esta disputa e avançar nas suas pautas e bandeiras de luta” Robson ainda considerou que, determinante para as empresas estatais é mudar a orientação do BNDES que financia grandes corporações, fato que em resultado permite o arrocho das empresa públicas. Determinante para os trabalhadores é a luta contra a terceirização e as questões relativas à saúde e segurança, e para a população é determinante o barateamento da energia.

Para Robson, em 2015 os movimentos sociais também devem focar suas energias em duas frentes: “lutarmos por uma Constituinte para a Reforma Política e acabar com o monopólio dos meios de comunicação”.




Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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