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Publicada em: 06/10/2014 00:10
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boletim_intersul_063-14_de_06-10_O Mito da Meritocracia

O Mito da Meritocracia

Mais um ciclo de avaliação de desempenho, SGD, se aproxima e junto com ele, todas as angústias e desconfianças que o mesmo gera nos trabalhadores da Eletrosul. Por trás de um intrincado sistema de avaliação, sob a desculpa de praticar a meritocracia e dar fim a arbitrariedade utilizada na distribuição de mérito, está uma das mais elaboradas ferramentas criadas pela gestão da empresa para legitimar os privilégios de poucos. Pra começo de conversa, a tal meritocracia não tem nada de imparcial. Os critérios e valores dos elaboradores do sistema de avaliação estarão sempre presentes. Bom funcionário é aquele que demonstra as competências e aptidões que os elaboradores acharam conveniente. Como se não bastasse toda a hipocrisia e miopia do sistema em avaliar os empregados, o mesmo é aplicado pelas mesmas pessoas que sempre agraciaram seus subordinados favoritos com todas as benesses que estavam ao seu alcance. Agora com uma diferença: eles podem se esconder atrás uma “metodologia de avaliação” sem ter que dar satisfações ou inventar justificativas para os empregados, afinal, “apenas aplicamos a metodologia de avaliação”. Os empregados desde o começo perceberam as falhas no sistema: a) arbitrariedade e falta de padronização das metas; b) critérios de julgamento com diferentes níveis de severidade entre os chefes; c) interferência de gerentes de departamento e divisão nas avaliações; d) falta de um procedimento de normalização das avaliações; e) cronogramas absurdos. Se o que já era questionável pelas simples premissas e argumentos por trás do sistema de avaliação, toma formas ainda mais nefastas de favorecimento e fisiologismo quando é utilizado não apenas como ferramenta de feedback e desenvolvimento profissional e passa a ser utilizado como único mecanismo de progressão profissional. Em nome da conveniência e aprimoramento dos mecanismos de favorecimento vincula-se todo o PCR, através do programa PGC, ao sistema de avaliação. A ferramenta, que poderia ser utilizada no desenvolvimento profissional, torna-se um mecanismo de chantagem e coerção, com sérias implicações na saúde dos trabalhadores e no clima da empresa. Os trabalhadores precisam ter claros os problemas e distorções que o SGD trás para suas carreiras e atividades laborais. Precisamos estar unidos na defesa de uma empresa pública justa e que permita o pleno desenvolvimento profissional dos seus trabalhadores. Mas como mudar essa realidade? Começando com transparência! Se a empresa e seus gerentes, convenientemente, não a praticam podemos buscá-la, debatendo entre os colegas de setores, divisões e departamentos, discutindo suas avaliações e metas e cobrando coerência das chefias imediatas e justiça nas avaliações, e principalmente denunciando os mandos e desmandos, injustiças e favorecimentos que sejam praticados dentro da empresa. Os sindicatos que compõem a Intersul, assim como os dirigentes sindicais são canais de comunicação aptos a receber toda e qualquer denúncia de favorecimentos ou irregularidades que possam ser evidenciadas.




Intersul - Intersindical dos Eletricitários do Sul do Brasil
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