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Informe Eletr@nico do Conselheiro
Nº. 059 21/03/14
Deu na mídia
Setor de carvão investe em aumento de produção para atender termelétricas
A necessidade de garantir o abastecimento de combustível das usinas termelétricas a carvão mineral tem levado o setor a investir no aumento da produção das minas e do estoque do produto. O presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Zancan, informou que novas unidades de exploração de carvão têm sido abertas nos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, e os planos dos geradores são de ampliar a quantidade comprada, para recuperar os estoques até o final do ano.
"No ano passado, produzimos 10% a mais de carvão do que em 2000, no pré-racionamento. O setor respondeu super bem ao aumento de demanda e agora vai tentar recompor os estoques", afirmou Zancan. O executivo disse que o governo já autorizou a compra adicional do produto pela Tractebel para o complexo termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina, que tem 875 MW de capacidade instalada, divididos em quatro centrais geradoras.
A partir de abril, o gasto mensal com a compra do insumo para o empreendimento vai passar de R$ 22 milhões para R$ 27 milhões, com o aumento da quantidade comprada de 300 mil toneladas para 320 mil toneladasmês. O valor é coberto com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético.
As termelétricas a carvão têm operado a plena carga desde outubro de 2012 porque, depois da nucleares, são as usinas com Custo Variável Unitário mais baixo. No caso do complexo termelétrico da Tractebel, o CVU está em R$ 138,13 por MWh para Jorge Lacerda C; em R$ 167,48 para Jorge Lacerda B; em R$ 168,00 para Jorge Lacerda A2; e em R$ 222,06 para Jorge Lacerda A1. As centrais Angra 1 e 2, que encabeçam a lista das térmicas mais baratas, tem custo unitário de R$ 23,29/MWh e R$ 19,56/MWh, respectivamente.
"A indústria está fazendo sua parte para garantir o abastecimento de energia. O combustível é pago em real e não depende de importação" destacou Zancan. No caso de Jorge Lacerda, o esforço levou a uma negociação coletiva recente com os trabalhadores das minas que resultou na concessão de aumento real em torno de 5%, para evitar a possível paralisação das atividades. "Ficamos meio de calça curta na negociação, porque tínhamos pouco estoque e não podíamos arriscar em hipótese alguma", conta o presidente da ABCM.
Ele diz que a usina chegou a ter mais de 1 milhão de toneladas de carvão. O estoque regular é de 600 mil toneladas, suficientes para três meses de operação; e o mínimo definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica é de 440 mil toneladas, o que dá para dois meses e meio. Segundo o executivo, duas outras térmicas importantes - Candiota III e Charqueadas, no Rio Grande do Sul, estão com os estoques acima do mínimo e não precisam de compras adicionais no momento.
Além desses empreendimentos, estão em operação as usinas a carvão Porto do Pecém I e II, Porto do Itaqui, Presidente Médici A e B, São Jerônimo e Figueira.
Fonte: Sueli Montenegro da Agência CanalEnergia
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